segunda-feira, 18 de agosto de 2008

A morte e a morte de Dorival Caymmi


Eu tava assistindo algum jogo da olimpíada no sábado pela manhã quando o locutor interrompeu a narração para informar a morte do Dorival Caymmi. Na mesma hora eu pensei: De novo?!

Na minha cabeça o Dorival Caymmi já tinha morrido há muito tempo. Qual foi a última vez que a mídia falou dele?

Há uns dois anos li a biografia da Carmen Miranda escrita pelo Ruy Castro, nela o Dorival, ainda adolescente, escreve composições para a cantora na década de 30. Portanto, segundo minhas contas, ele já deveria estar morto.

Mas não, faleceu sábado e eu fiquei super triste. Pode parecer estranha a tristesa pela morte de alguém que já havia morrido, mas não foi a primeira vez que isso aconteceu.

Em 2001 achei aqui em casa um vinil do Serge Gainsbourg. Começei a ouvi-lo diariamente até comprar um outro, e um outro. Meses depois, ainda víciado, resolvi procurar por onde aquele artista maravilhoso andava.

Descobri que estava morto. Pronto, estava triste por sua segunda morte, 10 anos depois da primeira, mesmo nesse período ele tendo estado vivíssimo lá em casa.

Um comentário:

Serginho Tavares disse...

como todo baiano esse dai era preguiçoso até pra morrer!